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Autoridade Farisáica

by Daniel on Nov.22, 2009, under

Autoridade! Pessoas têm sido mortas por todo o mundo por estarem ou por quererem chegar a lugares de autoridade. A vontade de ordenar outros, de comandar, nem sempre é um fim que justifique os meios.

Logicamente que nem todos podem chegar a lugares de autoridade; se assim fosse não existiria subordinados. Mas todos podemos e devemos ter autoridade moral, isto é, uma coerência entre as nossas palavras e as nossas acções.

Até aqui é tudo normal, natural e até exigível. O problema surge quando se começa a usar a autoridade moral como base da autoridade espiritual que como cristãos devemos ter. Ou seja, será que é por ter autoridade moral tenho autoridade espiritual? Ou será antes que se tiver autoridade espiritual, implicitamente, terei autoridade moral? Por outras palavras, é possível ter autoridade moral e não ter autoridade espiritual e vice-versa?

No meu entender é lógico que se tiver autoridade espiritual terei obrigatoriamente que ter autoridade moral, mas posso ter autoridade moral e não ter espiritual! como? Porque a forma como Jesus nos observa transcende a dimensão de actos\palavras passando a ser uma análise a intenções do coração\acções\palavras.

Os fariseus, os religiosos, cumpriam muitos dos requisitos da lei, não adulteravam, não cometiam homicídio assim como muitos nós nunca cometemos tais pecados. No entanto Jesus mostrou que o Pai observa o interior e que o que acontecia no exterior era só uma revelação do intimo do ser humano (sermão do monte).

Quem observava os fariseus e quem nos observa a nós vê-nos pessoas rectas, coerentes entre palavras e acções, mas e Deus? Verá ele coerência entre o nosso coração, actos e palavras? Será que teremos autoridade espiritual se nunca adulterarmos ainda que o nosso coração alimente esses pensamentos constantemente? 

deixo esta reflexão, para mim e vós!
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Preconceitos!

by Daniel on Nov.22, 2009, under

De todas as atitudes ou posições que como humanos tomamos de forma quase automática, a atitude ou acto de definir, rotular, algo ou alguém sem o conhecer interiormente é a que pode trazer piores consequências, seja para o que é definido como para o que define.

Tendencialmente o preconceito carrega um sentimento negativo em relação a algo ou alguém. São inúmeros os casos de pessoas que por terem penteados, cores de cabelo, vestes diferentes do que é tido como normal, são vítimas de descriminação por parte daqueles que não os conhecem. Porquê? Porque aquele que observa o outro que é diferente, é intolerante ao ponto de querer que o mundo seja e pense como ele. Casos destes ocorrem aos milhares no dia-a-dia.

No entanto, menos observado do que acima referi, existe um outro tipo de preconceito que se pode tornar ainda mais destruidor do que o que referido; normalmente é chamado de "expectativa".

Ao contrário do caso acima citado, a expectativa não envolve, geralmente, sentimentos negativos, antes positivos em relação a outro. Não conhecemos intimamente algo ou alguém, mas quando ele se atravessa no nosso caminho imaginamos atitudes, sonhos, obra de vida, para essa pessoa; normalmente são os nossos próprios sonhos, aquilo que desejávamos fazer mas não conseguimos, que esperamos daquele recém-conhecido.

Passa o tempo e aquilo que era esperança não vira realidade! A pessoa fica "aquém" do que se esperava. Frustração e mudança de opinião ocorrem imediatamente; Porquê? Por falta de lógica racional!

Da mesma forma que é incompreensível rotular alguém que não se conhece pela negativa, é incoerente também esperar algo de alguém que não se conhece. Como podemos esperar que uma árvore dê maçãs se não nos certificarmos que é uma macieira?

Que terá este pensamento de cristão? É que o próprio Cristo passou por isto!

Quando se apresentou como Messias, os que andavam com ele criaram uma expectativa imediata! Ele livraria os Judeus do Jugo dos romanos.

Jesus Morreu, pouco tempo depois ressuscitou e a expectativa foi relembrada, "senhor, quando restaurarás tu o reino de Israel"? Era isto que eles esperavam, esta era a ideia pré-concebida que eles viam em Jesus.

Jesus respondeu, "não vos pertence saber...", como que dizendo, não é com que isso que se devem preocupar. Nem quero imaginar o pensamento daqueles homens. Os três anos de convívio com Cristo devem ter circulado na mente deles em três segundos; a expectativa não se cumpriu!

Como poderiam eles evitar esta resposta? Como poderiam evitar esta desilusão? Não esperando que Cristo fosse ou fizesse algo que ele não tivesse prometido ser ou fazer naquele tempo.

Da mesma forma, a única via de não frustrarmos relações com base em expectativas de uns para com outros, é simplesmente ter como única expectativa (passe a falha filosófica) que a pessoa seja aquilo que foi criada para ser e não aquilo que nós desejamos que seja.
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Acerca de mim

Sou um rapaz um pouco estranho. Umas vezes humilde, outras vezes arrogante; umas vezes simples, outras vezes complexo; mas que hei-de fazer? Já é Feitio

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